CN

Pesquisar

“100 ANOS DA REAÇÃO DO SERTÃO DE 1919”

O acordo de Lençóis em face do Governo da Bahia, do então governador Antonio Muniz, e do ex governador, eleito por duas vezes, J.J. Seabra, fez Horácio de Matos tornar-se Delegado Regional das Lavras Diamantinas e Senador Estadual da Bahia.

Como líder de armas (caudilho) protagonizou uma década de fatos que lhe definiram como autoridade na resolução dos conflitos locais e regionais, por meio da quase invasão armada de Salvador para combater um impasse eleitoral na eleição de Góes Calmon ao Governo Estadual.

Horácio de Matos confrontou a peregrinação da Coluna Prestes pelos sertões e desviou o curso do levante até a fronteira com a Bolívia a pedido do Presidente da República Artur Bernardes.Sequencialmente aderiu a “Campanha de Desarmamento do Sertão” até o acontecimento da Revolução de 1930, momento em que optou por entregar armas em troca de enxadas, sementes e ensino de técnicas agrícolas para libertar o Sertão.

Todavia, ao contrário disso, na gestão do interventor (intendente) Juracy Magalhães, Horácio de Matos foi preso e assassinado à traição, com três tiros pelas costas, no Largo 2 de Julho em Salvador, logo após obter liberdade provisória no Tribunal de Justiça da Bahia, enquanto caminhava com a filha nos braços.

Assim, a partir de 15 de maio de 1931, data do assassinato de Horácio de Matos, o território onde existiu as Lavras Diamantinas da Bahia caiu em quase 90 (noventa) anos de desgraça, esquecimento, decadência, vazio de lideranças, dependências e explorações colonialistas.

Horácio de Matos foi Coronel da Guarda Nacional, trabalhou com a extração mineral de diamantes e agro-pecuária, tendo aderido ao pensamento liberal, a favor da legalidade e da democracia, sendo que o grupo político do qual fez parte sofreu fortes influências do pensamento de Ruy Barbosa, com inspiração no republicanismo.

 

– Por Alexandre Aguiar

Compartilhe

POSTS RELACIONADOS

plugins premium WordPress Pular para o conteúdo