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Abaíra tem a maior população de idosos de todo interior da Bahia

Em Abaíra, dos mais de 8 mil moradores, cerca de 1.650 mil são idosos, e Seu Ramiro está entre eles/ Foto: Reprodução/G1 

O município de Abaíra, localizado na Chapada Diamantina, é o que tem a maior porcentagem de idosos no interior da Bahia, 19,8% da população tem 60 anos ou mais. Os dados são do último Censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010. Um bom exemplo é o de Ramiro Ribeiro Azevedo, de 94 anos, morador do distrito de Catolés. “Limpo a chácara, planto a rocinha de milho, eu mesmo cuido. A vida toda foi assim”, disse.

Em Abaíra, dos mais de 8 mil moradores, cerca de 1.650 mil são idosos. Seu Ramiro está entre eles. Adaptado à rotina de uma cidade pequena e pacata, ele mantém uma vida simples e independente. Mais velho de nove irmãos, viúvo, o agricultor mora com o filho e a nora em uma casa localizada a cerca de meio quilômetro da roça onde trabalha e mantém hábitos saudáveis.

Ele dorme e acorda cedo, se alimenta bem, não tem problemas de saúde, parou de beber e fumar há 40 anos, tem uma boa convivência com a família e toma como exemplo o pai, que viveu até os “102 anos e 4 meses”, como contou ele com orgulho. Para seu Ramiro, envelhecer bem tem a ver com fazer boas escolhas e fazer o que gosta, com independência. Quando não está roça, ele cuida de um pequeno comércio que tem em casa. Não tem habilidade com celular, tecnologia, mas com as contas é rápido, garante o filho Paulo Campos, 54 anos, que mora com ele.

“Pergunta uma conta pra ele que ele responde na hora”, diz. “Não mexo com essas coisas [celular, computador…] não. Não aprendi e agora já tô muito idoso”, diz seu Ramiro, que estudou apenas até aprender a escrever o próprio nome, mas isso não o incomoda. “A gente não é estudado na escola, mas é na vida”, afirma. O abairense teve 10 filhos (sete estão vivos) e fala com alegria da quantidade de netos e bisnetos e da vida que construiu com a família no interior.

“Tenho um rebanho de neto e bisneto e até tataraneto, dá pra encher essa rua”, diz aos risos. Embora já tenha trabalhado em cidades grandes, conheceu a rotina agitada de algumas delas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, ele admite que prefere mesmo a vida em Abaíra e sua vitalidade hoje revela que ele não errou em sua escolha.( Jornal da Chapada com informações do G1)

 

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