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Adolescente que matou pai para defender avó e mãe é solto

Foto: Reprodução.

Autor dos dois disparos que mataram o pai, o médico psiquiatra Alexandre Pimenta, 42 anos, neste sábado (02), na cidade de Esplanada, Nordeste do estado, o adolescente de 17 anos responderá em liberdade pelo homicídio. A Justiça entendeu que o rapaz agiu em legítima defesa após depoimento das testemunhas, mãe e avó, e também em razão do histórico agressivo de Alexandre. O jovem deixou a delegacia de Esplanada ainda neste domingo (03).

“Os depoimentos da mãe e da avó coincidiram com o relato do adolescente. O rapaz disse que o pai batia nele e na mãe constantemente e que a ameaçava de morte várias vezes, mas que ela não o denunciava porque tinha medo da exposição. O promotor e o juiz tiveram o mesmo entendimento”, declarou o delegado Wagner Marinho.

Parentes do adolescente falaram na delegacia que a mãe do rapaz, a pediatra Mônica Pimenta, era agredida havia 18 anos. “Ela era agredida desde a época da faculdade de Medicina no Rio de Janeiro. Recentemente, cansada das agressões, resolver deixar a casa que vivia com Alexandre”, contou o delegado.

O adolescente atirou no pais duas vezes. Ele usou um revólver calibre 32. “ O filho tinha a arma em casa porque ganhou do próprio pai quando tinha 14 anos. Ele disse que o pai tinha um fascínio por armas e certa vez o adolescente achou uma arma bonita e o pai o presenteou”, disse o delegado.

Alexandre e Mônica não estavam juntos há três dias e moram em casas separadas, mas no mesmo condomínio de luxo. Segundo o delegado, o adolescente, mesmo abalado, conseguiu contar o que aconteceu. Na casa onde ocorreu o crime estavam o adolescente, a mãe e a avó materna dele, quando Alexandre invadiu o imóvel armado – uma filha adolescente de 13 anos do casal estava na casa de parentes. “Todos correram para o segundo andar da casa”, disse o delegado.

Alexandre alcançou todos da casa que estavam escondidos em um dos quatros. “Ele deu um soco no rosto da idosa e, quando ia matá-la junto com a mulher, o filho foi mais rápido, pegou a arma que estava no closet e atirou”, contou o delegado. O corpo dele foi enterrado no domingo.

Após a morte do pai, o jovem foi levado para a delegacia da cidade. Segundo o delegado, ele prestou depoimento na companhia da avó e dormiu na unidade “por uma questão de segurança”.  O delegado disse ainda que a população da cidade está a favor do adolescente. “Todos sabiam das agressões de Alexandre à família. Eles estão solidários com o rapaz, mãe e a avó”, finalizou o delegado.(Correio)

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