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‘Bandido bom é bandido morto’: 60% dos cariocas rejeitam a ideia

PMs mataram suspeitos em frente a escola no Rio Foto: Reprodução/Youtube

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CeSeC) da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, denominada ““Olho por olho? — O que pensam os cariocas sobre ‘bandido bom é bandido morto’”, apontou que a maioria dos cariocas não concordam com a afirmação de que “bandido bom é bandido morto”.

Foram 2.353 pessoas participantes de um questionário, entre março e abril de 2016. Como resultado, 60% dos moradores do Rio de Janeiro rejeitam a ideia da frase. A parcela que mais discorda é a formada por religiosos praticantes, em sua maioria evangélicos. Entre essa parcela, 73,4% rejeita a ideia. Apenas 31% apoiam integralmente a ideia, 6% disseram concordar parcialmente e 3% ou foram neutros ou não responderam. A média de cidadãos que aprovam o bordão é inferior ao de outras pesquisas que levantaram dados para a população brasileira. Outro fato também chama a atenção no resultado da pesquisa: 70% disseram que a polícia não pode ter carta branca para matar.

Os fatores que mais influenciam na resposta são renda e sexo. Pessoas com rendas maiores apoiam menos o enunciado. Por faixa etária, raça, estado civil não tem uma diferença significativa. Os entrevistados ainda criticaram a defesa dos direitos humanos. Para 73% deles, a defesa dos direitos humanos é incompatível com o controle da criminalidade e 56% pensa que os apoiadores da ideia “só estão defendendo bandidos”. “A gente precisa reconstruir com a população a noção de direitos humanos. Direitos humanos não equivalem a privilégios de bandido. Enquanto todos não tiverem seus direitos respeitados, nenhum de nós vai ter. É isso que a gente vai ter que trabalhar com a população”, afirmou a pesquisadora Julita Lemgruber.

A pesquisa também identificou que 73% dos cariocas acreditam na ressocialização dos criminosos. Sobre a chance de um criminoso ser punido pela justiça, 64% dos cariocas consideram baixa ou muito baixa essa chance.(Bahia Notícias)

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