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‘Foi uma tristeza muito grande’, diz avó de menino de 6 meses morto em naufrágio

(Amanda Palma/CORREIO)

A sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na localidade de Mar Grande, em Vera Cruz, está lotada na manhã desta sexta-feira (25). Parentes, amigos e familiares do pequeno Davi Gabriel Martins, 6 ameses, fazem culto em homenagem ao menino, uma das 18 vítimas fatais do naufrágio do barco Cavalo Marinho I, que tombou no mar na manhã de quinta-feira (24).

No local, o clima é de desespero. Crianças, adolescentes e adultos choram muito a morte de Davi. Fiéis estão distribuindo água para as pessoas se acalmarem. Emocionado, o avô de Davi, Antônio Conceição de Assis, não conseguiu falar muito sobre o neto. “Ele era o neto que estava começando agora. Para mim foi uma tristeza muito grande. Não só pra mim, mas pra família toda”, disse.

O tio de Davi, José Santana, disse que a situação é uma tragédia. “A gente não esperavaa que isso pudesse acontecer. Uma travessia de tantos anos. A gente quer alertar as autoridades para que isso não aconteça mais”, disse. Além dele, os avós da criança estão aqui.

Diante da dor da perda, as pessoas estão se amparando até para andar. “Nosso coração está chorando. Quantas famílias estão chorando no momento? Que tragédia, meu Deus. Como minha comadre vai se recuperar dessa tragédia? Que Deus conforte o coração de minha comadre”, disse, emocionada, uma familiar do menino.

Após o velório, o corpo de Davi será sepultado no cemitério municipal de Mar Grande ainda na manhã desta sexta (25).  O bebê saiu de Mar Grande para realizar um exame dermatológico com um médico pediatra em Salvador. Acompanhado da irmã, Émile, de quatro anos, da mãe Ana Paula, e da avó, o bebê não conseguiu resistir ao acidente.

Segundo o coordenador da Samu, Ivan Paiva, a equipe médica ainda tentou reanimá-lo. “Apesar de todo o esforço da pessoa que tentou reanimar a criança, sem estar com colete, num mar agitado, a chance de sobrevivência nessa idade e nessa situação é praticamente zero”, afirmou.

Na hora do acidente, Davi e a irmã caíram na água. “Ela ainda  conseguiu ser resgatada pelos marinheiros, mas ele não”, disse, ontem, uma das tias das crianças, Joanita Cruz Santana, 38, durante a identificação do corpo do bebê, no Instituto Médico Legal (IML).(Correio 24 horas) 

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