CN

Pesquisar

Jesus é condenado novamente, dessa vez por você

Entre cristãos ou não, há consenso que a condenação de Jesus à morte foi injusta. Jesus não foi sentenciado, e condenado à morte por ser filho de Deus, mas sim por defender um projeto politico ideológico de igualdade social, contrariado assim seus opositores: os fariseus e doutores da lei. Considerados hoje na nossa sociedade o típico “cidadão de bem”.

As elites imperiais deste período histórico viam em Jesus uma grande ameaça política, é tanto que a narrativa do seu processo penal tem bases muito mais política que religiosa. Vale destacar, portanto que Jesus morreu como tantos outros presos políticos, principalmente no período da Ditadura Militar no Brasil, embora exista presidente que ainda defenda esse período, o mais sanguinário e triste da nossa história. Contudo, Jesus foi preso, torturado, e julgado por dois poderes políticos e condenado à morte de cruz, a pior espécie de morte da época.

Hoje mais de dois mil anos do assassinato de Jesus, a nossa sociedade infelizmente ainda continua assassinado aqueles que buscam defender os mais pobres e excluídos. Talvez, se Jesus fosse nosso contemporâneo seria exterminado por grupos milicianos, ou pelo próprio exercito com 80 tiros, e as autoridades da época diriam: “Foi apenas um incidente”.

Ou caso Jesus fosse julgado pelas nossas instituições de poder atual, com certeza não teria um julgamento diferente. Teria um julgamento muito mais politico partidário do que jurídico constitucional. Ou seja, seria preso em segunda instância, e antes que esgotasse todos os tipos de recursos cabíveis, seria julgado e sentenciado pelo Juiz inquisidor da “Santa justiça.” De tal modo, a sociedade que condenou Jesus a morte é igual ou tão pior que a nossa, uma vez que cristãos, trocam o sinal da cruz pelo sinal da “arminha” e a fé pelo ódio.

Portanto, a morte de Jesus tem uma dimensão religiosa, mas também politica, e hoje o seu extermínio serve para refletirmos sobre essa onda fascista e conservadora que voltou a despertar no Brasil depois da ultima disputa eleitoral para presidente.

 

Por:

Prof. Rodrigo Santana

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CN

Compartilhe

POSTS RELACIONADOS

plugins premium WordPress Pular para o conteúdo