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Pelo menos metade dos mortos em prisão de Manaus foi decapitada, diz IML

A rebelião que resultou nas mortes foi atribuída a uma ação do grupo Família do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV)

O Instituto Médico-Legal do Amazonas informou na noite desta terça-feira, 3, que 36 corpos das vítimas do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foram identificados e nove estão liberados para retirada pela famílias. Desse número, 30 morreram degolados, de acordo com o IML. Ao todo, foram 56 mortos.

(Foto: Estadão Conteúdo)

Nesta terça-feira, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou, em entrevista à Rádio Estadão, que o massacre no Compaj não pode ser explicado simplesmente por uma guerra entre facções criminosas. A rebelião que resultou nas mortes foi atribuída a uma ação do grupo Família do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), com liderança em São Paulo.

O ministro, porém, relativizou a guerra entre os grupos como causa do massacre. “Isso tem uma questão muito mais profunda, que é a entrada de armas nas penitenciárias, em virtude da corrupção, e a possibilidade de presos perigosos ficarem submetendo, independentemente de facções, outros presos”, disse o ministro. “Dos 56 mortos, menos da metade tinha ligação com alguma facção ou organização criminosa”, afirmou.

Ele também afirmou que não prevê retaliação do PCC ao massacre causado na madrugada de domingo, 1º, para segunda-feira, 2. Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” desta terça-feira afirma que detentos ligados ao PCC estão recebendo ameaças de morte.

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