Começou na tarde de ontem (22), por volta de meio dia, próximo a entrada de Seabra a paralisação dos caminhoneiros, pelo reajuste do preço do combustível nas bombas. Paralisação essa que já dura 3 dias e afeta 17 estados em todo país, em rodovias federais e estaduais.
O evento foi organizado pelos caminhoneiros de Seabra. Alguns caminhões tentaram furar a barreira, e foram convidados pelos organizadores do movimento e participarem do protesto e da manifestação. O bloqueio é pacífico, os caminhões ocupam o acostamento da pista na entrada da cidade. Pelo bloqueio passam carros de passeio, ônibus e ambulâncias, além de cargas perecíveis.
Os caminhoneiros pedem mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras, e redução da carga tributária para o diesel. Pois em um mês, o litro do diesel na bomba subiu 4,9% de R$ 3,42 para R$ 3,59, segunda a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Entretanto, a Petrobras anunciou nesta quarta que o preço do diesel deve cair 1,54% nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A paralisação afetou a entrega dos Correios que suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Em comunicado, a estatal informou ainda que a paralisação também tem gerado “forte impacto” e atrasos nas operações da empresa em todo o país.
Em porcentagem, 28% do valor do diesel na bomba é composto por tributos federais e estaduais. Uma das propostas do governo é zerar o CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), porém a discussão segue, já que mexer nos tributos significa tirar receita pública.
