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Amigos fazem homenagem e pedem justiça pela morte de pediatra dentro de clínica em Barra

Amigos fazem homenagem e pedem justiça pela morte de pediatra dentro de clínica — Foto: Arquivo Pessoal

Os amigos do pediatra Júlio Cesar de Queiroz Teixeira, de 44 anos, morto dentro da clínica onde trabalhava, na Bahia, fizeram uma homenagem para o médico na noite desta quarta-feira (29), na cidade de Barra, que fica no oeste do estado, onde o caso aconteceu.

O grupo, que está em maioria vestido de branco, se reuniu no Centro da cidade, e caminhou até a igreja católica do município. A homenagem também tem o objetivo de pedir justiça pela morte de Júlio César.

Na terça-feira (28), familiares do pediatra questionaram a Polícia Civil, que informou que o caso tinha sido elucidado. O documento divulgado afirma que o crime teria sido encomendado por um homem, que seria o companheiro de uma mulher que teria sido assediada pela vítima.

Em nota, os familiares de Júlio César elogiam o trabalho dos policiais da Delegacia Territorial (DT) do município de Barra e da Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (14ª Coorpin/Irecê), ao longo dos últimos quatro dias, desde que o pediatra foi morto, no dia 23 de setembro.

No entanto, julgam como “precipitada e temerária” a nota divulgada pela assessoria de comunicação da Polícia Civil, em que afirma no título que o caso foi elucidado.

“Elucidar significa esclarecer, decifrar, explicar de forma a não restar mais dúvidas a respeito do ocorrido. E sabemos que este caso ainda não foi elucidado inclusive pelo fato de que, na mesma nota, a Ascom da Polícia Civil reitera textualmente que ‘as equipes continuam realizando diligências para localizar e prender o mandante do crime”, disse o documento enviado pela família.

Ao g1, o engenheiro agrônomo e advogado, Geraldino Gustavo, irmão de Júlio César, falou que a família está revoltada com a situação.

“Não há nenhuma outra fundamentação, outra conclusão, ao não ser as palavras dos bandidos. Não tem nenhum elemento que confirme essa versão, nenhuma prova do que eles falaram”, reclamou.

“A nota da Ascom, da polícia, é muito falha, contraditória. Já pensou se o bandido falar uma coisa e no outro dia colocar como o certo o que ele tá dizendo? Não tem uma prova que confirme”, complementou.

Para Geraldino, a polícia precisa de mais elementos para considerar o caso como elucidado. “Aonde foi que meu irmão fez isso? Quando? Ele está morto e não pode dizer nada. O que tem a favor dele é que são 20 anos de trabalho prestados e se você procurar, ninguém concorda, todo mundo está revoltado”, afirmou.

Busca pelo mandante do crime

Apesar das prisões do autor do crime e do cúmplice, a polícia ainda tenta encontrar o mandante do crime. Na segunda-feira (27), o suspeito de atirar contra o médico foi preso, no município de Barra. Ele foi identificado como Jefferson Ferreira. O cúmplice, que levou o atirador até a clínica, também já foi detido. O nome dele não foi divulgado.

De acordo com a polícia, a motocicleta e o capacete utilizados no dia crime foram apreendidos com o suspeito. No dia do crime, o homem entrou na clínica usando o equipamento na cabeça.

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