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Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil e diretor é afastado

Uma campanha publicitária do Banco do Brasil dirigida para o público jovem, divulgando o serviço de abertura de conta corrente por aplicativo no celular, foi retirada do ar por recomendação do presidente Jair Bolsonaro. O episódio também envolveu a saída do diretor de Comunicação e Marketing do banco, Delano Valentim, que atualmente está de férias.

Oficialmente, não foi apresentado um motivo para a retirada da propaganda. Bolsonaro procurou o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para falar sobre a peça. Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, Novaes disse ter concordado com o pedido apresentado por Bolsonaro. Ainda segundo ele, a decisão para a saída do diretor de Comunicação e Marketing da instituição foi tomada de forma consensual. “O presidente e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. Saída do diretor em decisão de consenso, inclusive com aceitação do próprio”, escreveu Novaes. O Palácio do Planalto disse que não faria comentários sobre o assunto.

Esta é a quarta vez que o governo Bolsonaro determina a retirada de peças de comunicação por discordar do seu conteúdo. A primeira medida ocorreu ainda no início de janeiro, quando o Ministério da Saúde determinou a suspensão da divulgação de uma cartilha voltada para população de mulheres trans, que estava no ar havia seis meses. De acordo com a pasta, o material publicitário trazia “incorreções técnicas”.

No Carnaval, mais um veto do governo

No Carnaval, houve o segundo veto. A campanha de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, ao contrário do que ocorria em anos anteriores, não fazia nenhuma referência a público gay. Como o Estado mostrou, foram vetadas peças que mostravam casais do mesmo sexo. Em seu lugar, foi usado um material “genérico”, uma atitude que também foi criticada por especialistas em prevenção de doenças. Em vez do clima festivo, a ideia foi reforçar a responsabilidade para a prevenção.

Em março, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que “mandaria recolher” uma caderneta voltada para adolescentes, com várias informações sobre saúde e calendário vacinal.

Também lançado no governo anterior, o material continha informações sobre sexualidade, mas, para o presidente, a leitura para crianças de 8 ou 9 anos “não ficava bem”. O Ministério da Saúde, na ocasião, afirmou que a caderneta seria revista. Agora, a determinação é de que o modelo seja destinado apenas para adolescentes com mais de 14 anos. Para o público mais novo, será feito um novo material.

 

 

Fonte: Estadão

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