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CHAPADA: Médicos protestam por melhorias na gestão da saúde na cidade de Jacobina

FOTO: Divulgação

A cidade de Jacobina, na Chapada Diamantina, vive uma crise na gestão da saúde: falta de médicos, insumos, medicamentos e atrasos no pagamento dos salários profissionais foram o alicerce para o município ser palco de situações como a que aconteceu em novembro de 2022, quando um técnico de enfermagem realizou um procedimento de amputação de uma perna, sem luvas, no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho.

Neste sábado (1º), a classe médica da cidade realizou uma manifestação cobrando melhorias. O protesto teve apoio do Cremeb e do Sindmed, com cerca de 100 profissionais nas ruas.

Um dos presentes foi o médico nefrologista Leandro José Carvalho de Oliveira, cidadão jacobinense, que lamenta o estado da saúde e as condições de trabalho. Ele criticou a gestão do prefeito Tiago Dias (PC do B).

“Há falta de medicamentos e insumos dentro dos hospitais, assim como nos postos de saúde. Além do atraso salarial de todos profissionais da saúde. Médicos, enfermeiros, fisioterapeuta e psicólogos”, iniciou o relato em entrevista ao CORREIO.

“A atual gestão assumiu com mais de 80 médicos atendendo desde CAPS, Upas e hospitais. Hoje, alguns psf foram fechados por falta de recursos humanos, insumos, material médicos a medicamentos. Inclusive, o CRO-BA fechou 3 unidades da odontologia por inconformidades. Falta até água em alguns postos”, completou.

Ele afirmou que o movimento foi apartidário e sem conflitos de interesse. Ainda de acordo com o médico, que é representante do Cremeb, a ingerência na saúde de Jacobina faz com que médicos desistam de prestar serviços no município ou partam para cidades do entorno para conseguir trabalhar. Ele próprio atende somente no setor privado do município.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Jacobina afirmou que defende o direito de manifestação dos médicos e que foi aprovado, na Câmara de Vereadores, um projeto de Lei para viabilizar solução na saúde de média e alta complexidade, com implementações no Hospital Regional Vicentina Goulart.

“Além disso, encaminhou junto ao Governo do Estado, projeto que vai requalificar o Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho em Hospital Materno — Infantil. Desta forma, estamos consolidando propostas concretas para a resolução definitiva das demandas relativas à saúde municipal, em breve, teremos melhorias significativas no atendimento da população”, disse a Prefeitura, em nota.

Oliveira afirma que não houve explicação sobre quais serão os serviços prestados pela nova empresa no hospital municipal e também não foi informado o tempo que vai demorar as obras de conversão do hospital em uma unidade Materno-Infantil. Questionada sobre os prazos, a prefeitura não se manifestou.

Por Correios

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