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Chapada: Saiba como prevenir e tratar a Leishmaniose, doença de calazar

Os tutores de cães precisam ficar atentos aos casos de leishmaniose visceral que vêm sendo registrados em Salvador, Litoral Norte da Bahia e na Chapada Diamantina. A doença, conhecida como calazar, é bastante grave, principalmente porque não tem cura, e se não tratada pode evoluir a óbito.

A transmissão do parasita ocorre por meio da picada de um mosquito palha infectado e a Bahia é uma região endêmica para doença. Por isso, se o animal fica em áreas abertas, onde há presença desses mosquitos, ele está mais suscetível a pegar a doença. A médica veterinária Gabriela Porfírio explica, no entanto, que pets que vivem em apartamentos também podem ser infectados.

Vale destacar que o cachorro não transmite a leishmaniose diretamente para os seres humanos. A transmissão da doença para os homens também é feita pelo mosquito palha infectado.

“O vetor só faz isso em períodos crepusculares, a partir das 4, 5 horas da tarde e até às 5, 6 horas da manhã. Esse é o hábito do vetor se alimentar para transmitir a doença. Então aqueles animais que ficam fora de casa estão sujeitos, sim, mas os que moram em apartamentos, mas em locais altamente endêmicos também estão passíveis de serem acometidos pela doença”, explica.

A leishmaniose pode ficar incubada de 2 meses a dois anos, mas os cães são mais sensíveis a doença. Segundo Gabriela Porfírio, os sintomas do calazar podem se confundir com os de outras doenças, por isso é importante levar o animal para uma avaliação do médico veterinário.

“Ficou sem apetite, tá mais quietinho, a gente leva para o médico pra fazer uma investigação. A gente vai fazer uma triagem, porque não existe um exame 100%. Se der negativo na sorologia, que são os testes rápidos, não significa que ele não tenha a doença. Mas se já deu indicativo, ficou próximo do ponto de corte, a gente precisa repetir o exame com 30 dias, descartar outras doenças e investigar”, conta.

A leishmaniose não é uma doença simples de se diagnosticar e o tratamento é oneroso e para o resto da vida.

“Encontrando a quantidade de carga parasitaria, nosso objetivo é reduzir ela. Porque a doença não tem cura, nem no ser humano. E o que complica muito é que os medicamentos usados nos seres humanos não podem ser usados nos cachorros, tanto é que essa medicação só é liberada pelo SUS. No cão, hoje, a gente tem imunoterapia, que é uso da dupla dose de vacina, ou imunetarpia específica para o paciente. A gente já tem laboratórios fora do estado que a gente consegue, e a medicação é por via oral”, detalha a médica.

Como a doença não tem cura, o objetivo do tratamento é melhorar a condição clínica do paciente. A depender da evolução da leishmaniose, o animal pode ser acometido, por exemplo, com uma doença renal ou uma anemia. Por isso tudo é importante que a doença seja prevenida.

“A gente sempre fala em dupla prevenção. Hoje a gente tem vacina que não é 100% eficaz, mas entre não fazer e arriscar, e fazer e o paciente adoecer de forma mais branda, a gente prefere fazer, e temos ainda o uso do colar e da pipeta repelente. Ele não vai matar o mosquito, mas vai afastar o mosquito palha do paciente e da gente”, finaliza.

CN com informações do IBahia.

 

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