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Ibotirama: Vereador e policial presos fazem parte de grupo criminoso, diz polícia

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A morte de Marcello Leite Fernandes, de 39 anos, executado a tiros dentro do próprio carro na cidade de Ibotirama em julho deste ano, pode não ser a única ação criminosa do presidente da Câmara de Vereadores do município, Jean Charles Alexandre (PSB) e do policial militar, presos na última quinta-feira (8). Em coletiva à imprensa, a delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que informações iniciais apontam os dois como parte de um grupo criminoso com atuação na região.

Ela afirmou que, por isso, os dois foram transferidos para a capital baiana assim que foram presos. “Era necessário que, por conta do medo e apreensão da população dada a atuação violenta desse grupo criminoso, que eles fossem trazidos para a capital. A intenção é deixar as pessoas à vontade e confortáveis para denunciar. […] A informação que nós temos é que esses indivíduos são parte de um grupo criminoso envolvido em homicídios, crimes de extorsão e ameaças”, explicou.

A delegada informou ainda quais funções os dois presos cumpriram na organização do crime que matou Marcello em julho. “Estamos na investigação com o objetivo de delinear a individualização da conduta das pessoas que teriam participado. O que temos é que o vereador preso estaria envolvido no crime na condição de mandante e o policial participou da ação dando cobertura com um veículo para dar fuga ao indivíduo que executou a vítima”, afirma Andréa, dizendo que o veículo dirigido pelo suspeito foi apreendido.

O executor dos disparos segue foragido e a polícia ainda investiga para confirmar a motivação do crime. “Existem várias linhas de investigação. Inclusive, a possível motivação política, mas que não é a única a ser avaliada. Estamos trabalhando com outras vertentes até por conta da característica da região de Ibotirama, marcada por conflitos de terra e grilagem”, completou a delegada.

A linha de investigação que apura a razão política se dá porque, segundo testemunhas, Marcelo era apoiador do Presidente Jair Bolsonaro, a quem Jean Charles fazia oposição.

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