terça-feira ,3 outubro 2023
Página Inicial / Educação / Metade da população defende que professor saiba usar arma no Brasil, diz pesquisa

Metade da população defende que professor saiba usar arma no Brasil, diz pesquisa

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto IDEIA, 50% da população brasileira acredita que professores, coordenadores e inspetores escolares deveriam receber treinamento para lidar com armas em casos de ataques a escolas. Outros 23% são contra essa ideia.

O resultado da pesquisa foi apresentado durante o Brazil Forum UK, um evento organizado por estudantes brasileiros em Oxford, que debate temas sociais, econômicos e políticos. A amostra da pesquisa foi coletada por telefone entre os dias 15 e 16 de maio deste ano e contou com a participação de 1.581 pessoas acima de 16 anos, distribuídas pelas cinco regiões do país. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Além disso, os entrevistados também foram questionados sobre a facilitação da posse de armas para os trabalhadores da educação. Nesse caso, 44% discordaram, 24% concordaram e 31% afirmaram ser indiferentes.

A pesquisa também abordou possíveis soluções para combater os ataques a escolas. Quando perguntados sobre a possibilidade de penas mais duras para os autores de ataques, 83% se disseram favoráveis. Em relação à redução da maioridade penal, 69% acreditam que isso contribuiria para coibir os ataques.

No que diz respeito à segurança nas escolas, 79% dos entrevistados concordam com a necessidade de mais policiamento e 74% acreditam que as instituições deveriam contar com segurança privada.

Mauricio Moura, fundador do IDEIA, destacou que o estudo mostra a percepção da opinião pública brasileira em relação à segurança nas escolas e ressaltou que a falta de soluções concretas no dia a dia impulsiona o apoio a alternativas polêmicas e pouco comprovadas internacionalmente.

O objetivo da pesquisa, segundo Moura, é subsidiar os debates do Brazil Forum UK e contribuir para a promoção de políticas públicas alinhadas com as percepções e prioridades do país.

Ataques em escolas brasileiras: casos recentes

Na manhã desta segunda-feira (19), um ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, resultou na morte de uma aluna de 16 anos e deixou outro estudante da mesma idade ferido. O autor dos disparos, um ex-aluno da escola de 21 anos, foi preso. Até o momento, não há informações sobre as motivações do ataque.

Em outra ocorrência, ocorrida em 27 de março deste ano, um aluno de 13 anos avançou com uma faca sobre colegas e professores na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, matando a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, com golpes pelas costas.

Nove dias depois desse incidente, um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e matou quatro crianças. A ação foi realizada utilizando uma machadinha e um canivete.

Esses ataques recentes geraram um aumento nos alertas sobre tentativas de atentados semelhantes em todo o país, levando o poder público a agir. O Ministério da Justiça, por exemplo, realizou uma operação que resultou na detenção de 225 pessoas e na intimação de outras 694. Além disso, quase mil perfis de redes sociais foram derrubados por incitar ódio e promover discursos a favor de massacres.

Fonte: Gazeta do dia

Sobre Redação

Você pode Gostar de:

Bahia: Estudantes saem por janela de ônibus após fumaça se espalhar em veículo ; aluna chegou a desmaiar

Estudantes da rede municipal de Serrinha, na região sisaleira, entraram em pânico após uma pane elétrica …