
A estrada que liga a comunidade quilombola Corcovado ao município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, amanheceu interditada pela quantidade enorme de lixo, no último domingo (12). Fazendo com que moradores, que sofrem com o lixão a céu aberto, denunciaram o estado de calamidade.
Em meio ao lixo espalhado pela estrada, uma das lideranças locais gravou um vídeo onde é possível ver uma das representantes da comunidade desviando dos dejetos para atravessar o caminho em direção à sede da cidade. As imagens mostram ainda uma concentração de urubus na estrada.
A menos de 50 metros das casas do Conjunto Habitacional, que os moradores chamam de “casinhas populares”, concentram-se todos os resíduos sólidos produzidos pela população de Palmeiras, incluindo o distrito do Vale do Capão. O lixo se espalha pelas estradas e chega a ficar no meio da passagem para a comunidade quilombola do Corcovado, além das comunidades de Capim e Juliano.
“Da minha casa para o lixo é cerca de 50 metros, e tem casas mais perto que a minha ainda. Muitas crianças já passaram mal, já foram parar na emergência por causa dos lixos”, conta Fabiana Cardoso Oliveira, de 36 anos. Fabiana, a mãe e a irmã possuem bronquite crônica, que é atacada a cada nova queimada no lixão — prática constante no local.
No início de novembro, o Ministério Público da Bahia assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com os gestores de Palmeiras. O município tem agora um prazo de quatro anos para promover a distribuição final adequada dos resíduos, o que inclui a implementação final do aterro sanitário licenciado, uma obrigatoriedade legal desde 2010.
Além do lixo na estrada, eles também são afetados pelas queimadas constantes no local, além de doenças que a manutenção do lixão possibilita. “Da minha casa para o lixo é cerca de 50 metros, e tem casas mais perto que a minha ainda. Muitas crianças já passaram mal, já foram parar na emergência por causa dos lixos”, contou Fabiana Cardoso Oliveira, de 36 anos, ao Metro 1.
Chapada News com informações do Metro 1