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PREFEITO DE PIATÃ SE REÚNE COM DEPUTADOS DA FRENTE BAIANA DO MEIO AMBIENTE E REPRESENTANTES DA COMUNIDADE PARA DEBATER CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO MUNICÍPIO

 

O prefeito Marcos Paulo Azevedo recebeu na noite desta terça-feira, 26, os deputados estaduais Marcelino Galo (PT), Hilton Coelho (PSOL) e Mário Augusto de Almeida Neto (Jacó -PT). A reunião foi uma solicitação do coletivo social SOS Bacia do rio de contas com a finalidade de debater sobre conflitos socioambientais no município. Os principais assuntos tratados foram as atuações de empresa de mineração e do agronegócio em Piatã. A visita dos deputados é um desdobramento da audiência pública (online) ocorrida no dia 09 de dezembro de 2020 que contou com a presença de militantes ambientais da região, professores da universidade estadual da Bahia e especialistas. O deputado Marcelino Galo que é engenheiro agrônomo, integrante da comissão de meio ambiente da assembleia legislativa e coordenador da frente parlamentar ambientalista (Bahia) falou sobre o motivo da visita e os assuntos abordados na audiência: “A nossa visita se deve a esta problemática internacional que é o modelo de exploração que vai se materializando em diversas regiões. Nós fizemos uma audiência pública, provocados também por militantes ambientais do município e professores da universidade estadual no sentido de discutir objetivamente a questão da supressão da vegetação da área onde foram apresentadas abordagens múltiplas sobre diversos aspectos. Fizemos uma visita na área, falamos com agricultores e vimos uma riqueza extremamente positiva. Por outro lado vimos também o estrago que está sendo feito…é uma área extremamente sensível do ponto de vista do meio ambiente que precisa ser preservada” concluiu. O deputado Hilton Coelho, que é historiador, destacou os potenciais da cidade e afirmou: “do ponto de vista das resoluções dessas contradições, a prefeitura, tenho certeza, vai ser uma grande aliada”. O deputado Jacó, técnico em agroecologia e integrante da frente em defesa da agricultura familiar ressaltou a importância da valorização do setor: “O que está acontecendo aqui nos preocupa por que essa questão do modelo de desenvolvimento do país é central em nosso debate. A gente já sabe como essas grandes empresas do agronegócio agem … a agricultura familiar gera emprego, este município é abençoado com essa riqueza de água, de riacho, de nascente… nesta perspectiva a gente se coloca como seus aliados para discutir o projeto junto à secretaria de desenvolvimento rural, inclusive para discutir com todo esse conjunto de empresas mineradoras, medidas compensatória reais para as comunidades”. O prefeito Marcos Paulo falou sobre a importância de avaliações técnicas, potenciais e consequências sofridas pelo município: “A gente precisa de cem por cento do apoio do governo do estado por mais que tenhamos um corpo técnico que entenda da questão. O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), que é um órgão com pessoas capacitadas para avaliar a situação, concedeu a licença. O estado poderia ter evitado este conflito já que é tão danoso. Como prefeito, quero o melhor para o município. Quero que as empresas venham, mas não que prejudique o meio ambiente. Piatã é a cidade onde cresci, então eu quero o melhor. Há uma discussão na sociedade: algumas pessoas são contra, outras, a favor. Como prefeito, não posso dizer que sou contra ou a favor do agronegócio, quero usar argumentos técnicos para dialogar com a comunidade”. A secretária de meio ambiente, Syria Mirella Pina falou sobre tratativas entre empresa e sociedade: “A comunidade apresentou sua reivindicações e a empresa (mineradora) apresentou um plano de ação que deve ser cumprido”. Ana Carolina Kokubo Queique, representante dos coletivos sociais salientou a importância da administração pública mediar com a comunidade: “É preciso ouvir, analisar tanto o lado técnico quanto o lado da comunidade, das pessoas que vivem aqui. A nossa grande queixa é que elas possam ser ouvidas. Existe um lado de geração de emprego, mas um emprego não pode tirar o emprego do outro. A água é um direito de todos… entendo que não se pode barrar, mas regulamentar” concluiu.
Marina Matos – DRT – 2339
Fotos: Sávio Bello

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