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Quem é Monark, que saiu do ‘Flow Podcast’ por fazer apologia ao nazismo.

Bruno Aiub, de 31 anos, mais conhecido como Monark, foi desligado ontem do “Flow Podcast”. No episódio de segunda-feira (7), ele defendeu a existência de um partido nazista reconhecido por lei, enquanto entrevistava os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB). Não foi a primeira vez que o “Flow Podcast”, um dos programas de entrevistas mais vistos do Brasil com mais de 3,6 milhões de inscritos no YouTube, e transmissões ao vivo também pela Twitch e Facebook, foi palco de declarações controversas do youtuber. Mas afinal, como Monark ficou conhecido na internet e conseguiu o alcance que possui?

A carreira de Bruno Aiub foi feita na internet com envios de vídeos que ensinavam a jogar Minecraft no YouTube em outubro de 2010. A princípio, a ideia era ajudar os amigos, baseado em seus conhecimentos sobre o jogo e também na inspiração de youtubers estrangeiros. “Sempre fiz por diversão mesmo, não tinha qualquer perspectiva de ganhar dinheiro com isso na época. Em um ano tinha 4 mil pessoas inscritas no meu canal. Hoje são 2,3 milhões”, contou ele ao jornal O Globo, em entrevista no final de 2013.

Bruno é filho de uma psicóloga e de um analista de sistemas. Ele disse na entrevista que sempre recebeu incentivo da família, inclusive quando falou sobre não querer fazer faculdade e que sairia de casa, em São Paulo, para morar em Curitiba. Já em 2012, ele se tornou um dos principais youtubers sobre o jogo no Brasil, chegando a receber da plataforma entre R$ 15 mil e R$ 30 mil, além de cobrar cachês para participação em eventos. Seu nome foi alavancado e nove anos depois ele soma mais de 5 milhões seguidores que o acompanham, sendo 3,3 milhões de inscritos no YouTube e 1,2 milhão apenas no Twitter.

Já em 2012, ele se tornou um dos principais youtubers sobre o jogo no Brasil, chegando a receber da plataforma entre R$ 15 mil e R$ 30 mil, além de cobrar cachês para participação em eventos. Seu nome foi alavancado e nove anos depois ele soma mais de 5 milhões seguidores que o acompanham, sendo 3,3 milhões de inscritos no YouTube e 1,2 milhão apenas no Twitter. No LinkedIn ele se define como “um dos maiores influenciadores gamers da internet, [com] mais de meio bilhão de views no YouTube”, além de se declarar um “excelente apresentador, trabalhei com as maiores marcas do planeta, como: Coca-Cola, Intel, TIM, Kanui e muitas outras”.

Entrevistas Desde 2018, Monark comanda o “Flow Podcast” ao lado de Igor Coelho, conhecido como Igor 3K. Após dois anos, o programa conseguiu pagar seus custos com patrocínios e monetizações. Em 2021, o projeto chegou a ser reconhecido e indicado ao MTV Miaw Awards na categoria “Podcast Nosso de Cada Dia”, vencido pelo “PodPah”. O podcast já recebeu figuras que vão de Sergio Moro e Deltan Dallagnol até Eduardo Suplicy e Guilherme Boulos. Quando o entrevistado foi Fernando Haddad, Monark admitiu que votou em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno ao invés do candidato do PT.

Além de declarações preconceituosas no Podcast Flow, Monark usa ainda o Twitter para expor sua opinião. Uma delas teve consequência direta no podcast, em outubro de 2021. Ao perguntar se ter uma “opinião racista era crime”, Monark viralizou e chegou a ser respondido por outras figuras na internet, como o advogado criminalista e colunista do UOL Augusto de Arruda Botelho. O iFood, que patrocinava o podcast, encerrou a parceria para não ter sua marca vinculada a Monark.

Na mesma época, ele comparou a homofobia a “escolher um tipo de refrigerante”. O caso ocorreu em entrevista com Antonio Tebet, um dos criadores do Porta dos Fundos, que rebateu a fala do apresentador.

Também em 2021, Monark foi um dos assuntos mais comentados do Twitter após participação da apresentadora da CNN Brasil Gabriela Prioli como convidada no podcast. Diante da insistência do youtuber em apresentar dados sem embasamento, Prioli disse que o argumento dele era “raso”.

Em 2020, o nome do youtuber voltou a ficar entre os assuntos mais comentados após entrevista com a deputada federal Joice Hasselmann (PSL). Ele foi criticado após falar sobre o Nordeste, em que afirmava que a região, formada por nove estados, tinha economia “voltada no carguismo público”, sem falar dados e considerar especificidades dos estados.

Mais recentemente, ele coleciona duas polêmicas, desta vez relacionada à pandemia. Ele já chegou a questionar sobre o abandono do uso de máscaras de países europeus, novamente sem citá-los nem apresentar dados sobre as situações epidemiológicas desses locais; e também afirmou que “todo mundo deveria tomar vacina, mas ninguém deveria ser obrigado”.

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