Uma criança de apenas 10 anos de idade agoniza na fila de espera da Regulação do SUS. Devson Santos Teles, morador da comunidade Capim de Azeite, do município de Iraquara, na Chapada Diamantina está internado no Hospital Regional da Chapada desde o dia 30 de novembro, porém, a mãe, Andréia Alves Santos e o pai Domingos Batista Teles Filho, relatam que seu quadro é de risco de morte e apela por ajuda.
Tudo iniciou em 10 de outubro quando a criança deu entrada no Hospital de Iraquara para tratar dos sintomas da asma. Durante sua internação foi constatada uma anemia, porém, não houve especificação de que tipo de anemia se tratava e nem sua gravidade.
Devson recebeu alta e lhe foi receitado uma vitamina para combater a anemia, mas, com o passar dos dias, seu quadro de anemia começou a piorar. A criança sentia cansaço, dor de cabeça intensa, fraqueza, sonolência. O menino que já se encontrava em acompanhamento com médico do PSF da comunidade, evoluiu para um quadro ainda mais grave com desmaios e coração com batimentos fracos. O médico então o encaminhou ao Hospital de Iraquara novamente, para aprofundar nos exames com mais urgência.
No dia da internação, a criança novamente apresentou piora no quadro de saúde, então foi encaminhado ao Hospital Regional da Chapada com urgência, onde deu entrada na última quarta-feira (30). No mesmo dia o Hospital informou à mãe que o quadro dele era gravíssimo e que corria risco de morrer se não fizesse uma transfusão de sangue imediatamente.
Devson foi rapidamente transfundido e reagiu bem à transfusão, porém, seu quadro continua gravíssimo, necessitando de hospital com maior suporte para investigação mais detalhada da doença. Foi solicitada a regulação, está na fila, porém, a espera pode ser fatal.
A família desespera pois não sabe exatamente de que tipo de anemia se trata, qual a causa, E, esses dias de espera pode ser crucial para a sobrevivência da criança, que corre contra o tempo.
“Eu tenho muita dó dele. Ele está lá na espera e ninguém dá uma resposta, ninguém fala nada. Só fala que é difícil, que está sem vaga. Mas eu tenho certeza que se fosse filho de uma autoridade já tinham conseguido essa vaga”, declara a mãe.
“Estou aguardando fazer um exame específico para ver o que realmente ele tem, o que causa o problema dele, mas se o tempo passar e amanhã ao chegar em Salvado for tarde demais? Qual mãe aguenta ouvir o médico falar que seu filho está correndo risco de morrer e consegue deitar, comer, viver? ”, desespera a mãe.
A família apela desesperadamente por uma vaga, apela para quem possa ajudar nesse processo, pois a vida de Devson clama por urgência.
Chapada News
