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SEABRA: Pais e alunos se revoltam com a suspensão das aulas municipais; aulas retornam na segunda-feira com a iminência de greve de professores.

Reunião da APLB no espaço do Chapada Hotel em Seabra

Pais, muitos deles também professores e alunos do ensino municipal de Seabra, na Chapada Diamantina, estão revoltados, indignados com a suspensão das aulas que deveriam iniciar em 03 de março, diante da iminência de greve de professores que reivindicam o pagamento do piso salarial nacional de 33,24%, publicado em 27 de janeiro de 2022, pelo Governo Federal.

Ressalta os pais que a educação é um direito de todos e dever do estado e da família. Porém, não é bem isso que acontece. Quem pode pagar já teve as aulas iniciadas em fevereiro, mas quem precisa do estado, padece. A expectativa de retorno às aulas em 2022 era grande, principalmente com a vacina, inclusive para as crianças da educação infantil. Mas essa paralisação deixou a todos indignados e revoltados.

“Quem está preocupado com as crianças e adolescentes da rede municipal de ensino? Quem liga para os mais de 3 mil cidadãos desse município que estão fora da sala de aula? O direito à educação de qualidade deveria ser de todos. Mas não é”, desabafa uma mãe de aluno e professora.

Além da questão do piso salarial, os professores alegam que as escolas não estão prontas para receber alunos e que não foram treinados para executarem o protocolo de segurança sanitária, para prevenção contra o Novo Coronavírus. Alegam ainda que muitas escolas, principalmente da zona rural, não passaram por reformas e não estão preparadas para esse retorno.

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Os pais entendem que a reivindicação dos professores é justa. Reforçam que se o município deve, que pague. Que valorize o seu servidor. Mas as crianças não podem ficar no meio disso. Em nenhuma situação isso é aceitável, em plena pandemia isso é inadmissível.

“Esperamos dos professores sensibilidade para perceber que, na ponta de tudo isso, o futuro de crianças está em jogo. Se para os professores vale o “nenhum centavo a menos”, que para as crianças valha o “nenhum direito a menos”. E que o bom senso e a justiça prevaleçam”, conclui a mãe e professora.

 

Posição da APLB e Secretaria Municipal de Educação

A APLB/Sindicato (Associação dos/as Professores/as Licenciados/as do Brasil) de Seabra esclareceu que em anos anteriores o percentual do piso sempre foi pago em janeiro ou fevereiro, somente este ano que está ocorrendo esse impasse.

A prefeitura se propôs pagar apenas 10,67%. Os professores não aceitaram e decidiram que até 18 de março (prazo solicitado informalmente pela prefeitura), se não for cumprido o pagamento integral de 33,24%, a categoria deve sim, entrar em greve. Portanto, as aulas retornaram na segunda-feira, sim.

Em contato com Altair Sá Teles, Secretário de Educação do Município de Seabra, o mesmo informou que ocorrendo o repasse do Governo Federal o Piso será garantido sim.

“A categoria tem todo o direito de reivindicar seus direitos é legítimo e nós, a Secretaria de Educação, estamos trabalhando para garantir esse direito”, afirmou Altair ao Chapada News.

Chapada News

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