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Seabra: Policiais civis presos na Operação Casmurro são afastados da corporação

Os agentes que atuavam em Seabra, foram afastados das suas funções na Polícia Civil.

Eles são investigados no âmbito da Operação Casmurro, deflagrada no primeiro semestre de 2021. A ação que contou com a participação do Ministério Público da Bahia, em conjunto com a Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), identificou o envolvimento dos policiais com o tráfico de drogas na região de Seabra, município localizado na Chapada Diamantina (lembre aqui).

A decisão, assinada pela delegada-geral Heloísa Campos de Brito e publicada na edição de quarta-feira (12) do Diário Oficial do Estado (DOE), determina o afastamento dos agentes pelo período de um ano.

“Os servidores afastados, judicialmente, ficam proibidos de acessar ou frequentar a Delegacia de Polícia da cidade de Seabra-BA, de manterem contato entre si e com os servidores que atualmente trabalham na citada Delegacia, por qualquer meio, até a prolação da sentença”, diz um trecho da decisão. Também ficou determinado que durante o período do afastamento, os policiais receberão salário e terão as armas recolhidas.

PRISÃO E SOLTURA

O delegado, três investigadores e um empresário foram presos após a deflagração da operação no ano passado. No final de março de 2022, os agentes foram soltos e retornaram para a Polícia Civil (relembre aqui). A corporação instaurou processo administrativo disciplinar para apurar a conduta dos agentes (veja aqui).

Em maio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou as prisões dos envolvidos. A liminar que soltou os investigados foi concedida pelo ministro Sebastião Reis Júnior, que cassou o efeito suspensivo dado pelo desembargador Júlio Travessa, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) (saiba mais aqui).

A INVESTIGAÇÃO

Em abril de 2021, a Operação Casmurro revelou que a Polícia Civil havia descoberto, em junho de 2020, uma extensa plantação de maconha na zona rural de Seabra. Porém, ao invés de incinerar completamente a droga e erradicar a plantação, os policiais teriam recebido propina de R$ 220 mil para permitir a colheita do restante da droga pelos traficantes e ainda ajudaram a transportá-la dentro das viaturas da polícia, para armazenamento em propriedade rural do empresário, até que fossem finalmente enviadas para Salvador.

Em julho, o MP baiano ofereceu denúncia contra os agentes de segurança, um agente administrativo e um empresário local, envolvidos no caso. Eles são acusados de tráfico de drogas, associação para o tráfico, concussão, peculato e obstrução à Justiça.

Além da condenação, o parquet ainda requereu a perda dos cargos, funções, empregos ou mandatos eletivos ocupados pelos denunciados, bem como a proibição de exercício de função ou cargo público pelo prazo de oito anos subsequentes ao cumprimento das penas.

CN com informações do Bahia Notícias.

 

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