O prefeito do Município de Seabra, na Chapada Diamantina, Fábio Miranda, veio a público, na noite deste domingo (10), em vídeo postado nas redes sociais, informar que as aulas municipais retornarão nesta segunda-feira (11), uma vez que despacho do Tribunal de Justiça da Bahia não reconheceu a legalidade da greve dos professores municipais.
No pronunciamento o gestor Fábio Miranda, informa que como não há reconhecimento da greve, a prefeitura tem cobertura legal para fazer cortes de pontos na folha de pagamento dos professores. Afirma ainda, que, se os profissionais efetivos não retornarem à sala de aula, a prefeitura irá fazer contratação de substitutos em caráter de urgência e pagá-los com recursos provenientes desses cortes na folha.
“É notório o quanto a paralisação vem acarretando graves prejuízos ao calendário escolar e aos nossos alunado…Espero que todos os educadores voltem para a sala de aula e o que tiver de ser conversado com a gestão seja feita de forma que não prejudique ainda mais nossos alunos”, conclui Fabio Miranda.
Os professores da rede municipal já estão em greve deste o dia 28 de março, motivado, principalmente pela falta de pagamento integral do piso salarial nacional de 33,24%, entre outras reivindicações, e se mostraram muito indignados com a falta de diálogo entre a gestão e a categoria, e nesta segunda-feira (11), também por meio de vídeo nas redes sociais, a APLB retrucou e disse que a greve continua. De fato, as aulas não foram retomadas nesta segunda.
A APLB-Sindicato justificou que a greve continuará, porque o prefeito não está considerando toda a pauta da greve, que vai além do reajuste do magistério. Eles alegam que o gestor não explica a irregularidade e falta de transparência com as verbas da educação, não explica a precariedade dos espaços escolares, da merenda e do transporte escolar.

E ainda ressalta que em nenhum momento explica que manobra foi aquela que encaminhou à Câmara de Vereadores projeto de lei que retira os precatórios do Fundef, verba que legalmente já pertencem aos servidores da educação que trabalharam entre 1998 a 2006, “artimanha” essa, que os vereadores alegam não ter entendido.
“É por tudo isso que a greve continua. Venha para o bom diálogo com a categoria, Prefeito. Não se gerencia uma greve com vídeos publicados em finais de semana”. Professora Maristônia/APLB
Opinião:
E nessa guerra de braço, onde a comunicação ruidosa ocorre por meio das redes sociais, entre ameaças e provocações, quem sai com maior prejuízo, sem dúvida, são os alunos, que já amargavam prejuízos causados pela pandemia do Covid-19. O que se pode esperar é um entendimento civilizado e oficial, com diálogo e compromissos claros ou que a justiça aja com a celeridade necessária.
Chapada News