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SEABRA: Publicação que diz que moto só pode transportar criança acima de 10 anos, revolta moradores. Gestão explica: é pela vida, é lei

Um card publicado nas redes sociais da Prefeitura Municipal de Seabra, na Chapada Diamantina, tem gerado descontentamento e revolta em muitos moradores da cidade. O informativo alerta que transportar criança em moto mudou de 07 anos para 10 anos. Seu descumprimento é infração gravíssima, gera sete pontos na CNH e tem penalidade de multa e suspensão do direito de dirigir.

A informação vem do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e foi reforçada nesta sexta-feira (18) por Jairo Geraldo dos Santos, Coordenador Geral do Departamento de Trânsito de Seabra, que pontuou que a infração pode resultar em acidentes gravíssimos, como o que ocorreu no dia 23 de fevereiro, em Barra, onde uma criança foi arremessada da moto onde estava, após um carro bater na motocicleta, levando-a à morte.

Motos estacionadas na feira de Seabra.

“Nós estamos com essa campanha trazendo a atenção dos pais e responsáveis por essas crianças, visando a segurança, visando a vida. Com o retorno das aulas os Agentes de Trânsito estão observando uma grande quantidade de crianças menores de 10 anos sendo transportadas, muitas vezes até mesmo sem o capacete”, relata Jarbas.

O Coordenador destacou também que a campanha será levada às escolas, com palestras, para que as crianças alertem seus pais. Também ressaltou que entende a crise atual que passa todo o país, e isso não pode ser desculpa para abandonar a segurança das crianças. Além disso esclarece que é lei federal e precisa ser observada. E alertou que mesmo aqueles que dizem que andam corretamente, estão sujeitos a sofrer acidentes.

“Um acidente depende de duas partes, depende de você e da parte do outro condutor. Ou seja, você pode participar de um acidente mesmo você estando certo e aí se você estiver com a sua criança, com certeza vai acontecer um acidente gravíssimo e o risco de morte é iminente”, alerta Jarbas.

Qual a alternativa para que se haja o cumprimento ao direito à cidade, ao direito de se deslocar por ela e acessar os diversos serviços que ela oferece? É preciso pensar na segurança das crianças, mas também é preciso um debate mais apurado sobre a política de mobilidade urbana do município.

Numa cidade onde não há regulação de transporte público coletivo na sede, escassez em transportes escolares, a utilização de motocicletas é uma realidade, e o transporte de crianças é, de fato, uma verdade. Cabe ao Poder Público e a sociedade chegar a uma alternativa de transporte seguro para todos.

Chapada News

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