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Sem forró, economia das cidades sofre prejuízo

Guanambi vai baratear atrações e reaproveitar a decoração de 2016 (Foto: Divulgação/Arquivo CORREIO)

Apesar das polêmicas em relação à realização de festas durante a crise, muitos gestores acreditam que a suspensão delas traz também prejuízos socioeconômicos. O secretário de governo de Tucano, Clériston Oliveira, destaca que a cidade perde em arrecadação se não tiver forró em junho, sobretudo a localidade de Caldas do Jorro, principal ponto turístico da cidade.

 “Caldas do Jorro é uma região turística, e o arraiá que acontece lá, o maior de Tucano, atrai muita gente. As pessoas consomem nos restaurantes, bares, hotéis e, então, precisamos equilibrar as coisas”, afirmou. Já o chefe de gabinete da Secretaria de Cultura de Guanambi, João Roberto Pina Teixeira, ressalta o viés social da festa. “Muitas instituições beneficentes vendem comidas e bebidas típicas em barraquinhas cedidas pela prefeitura e, assim, arrecadam um bom dinheiro para custear suas obras”, explicou.
O prefeito de Bom Jesus da Lapa, no Vale do São Francisco, Eures Ribeiro, optou por fazer uma consulta pública para saber se terá a tradicional festa de São Pedro. A cidade também está na relação dos municípios que declararam estado de emergência em virtude da seca.
“Achei mais justo consultar a população, já que há tanta polêmica em relação aos gastos com festas neste momento de dificuldade que estamos vivendo”, disse ele. Os moradores poderão escolher entre ter a festa, não ter ou tê-la menor, em que seria gasto metade da verba. O prefeito também destaca que a festa também movimenta a economia. “Muitas pessoas, inclusive, vêm da zona rural para trabalhar na cidade no dia da festa”.

Segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), 10.515 pessoas são afetadas pela seca em Bom Jesus da Lapa. De acordo com o prefeito, está previsto um investimento entre R$ 750 mil e 800 mil. (Correio).

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